Os agentes russos são acusados de "realizar a série mais destrutiva e perturbadora de ataques a computadores já atribuídos a um único grupo", disse John Demers, procurador-geral adjunto, durante uma conferência de imprensa.
A investigação não acusa os réus em conexão com a interferência nas eleições nos EUA, embora os oficiais façam parte da mesma unidade de inteligência militar que as autoridades norte-americanas dizem ter interferido no processo eleitoral de 2016.
O documento dos procuradores, com 50 páginas, centra-se em ataques que a investigação diz ter como objetivo promover os interesses geopolíticos da Rússia, seja em ataques às infraestruturas elétricas da Ucrânia ou processos eleitorais em vários países.
Na lista de acusações está o ataque aos Jogos Olímpicos de inverno, na Coreia do Sul, em 2018, onde atletas russos foram proibidos de concorrer, por causa de denúncias de 'doping' patrocinado pelo Kremlin.
"Nenhum país usou as suas capacidades cibernéticas de forma tão maliciosa e irresponsável quanto a Rússia, causando arbitrariamente danos colaterais sem precedentes para conseguir pequenas vantagens táticas", disse o procurador-geral assistente John Demers, a principal autoridade de segurança nacional do Departamento de Justiça dos EUA.