É essencial "mobilizar todos os esforços para as necessárias reformas que o país deve fazer", sublinhou Guterres numa conferência de imprensa em Nova Iorque.
"O Líbano enfrenta uma combinação muito dramática de crises. A ligada à situação económica do país, a da explosão" ocorrida em agosto no porto de Beirute, e "a crise ligada à covid", observou.
Segundo o responsável das Nações Unidas, o povo do Líbano tem o direito de esperar que "os dirigentes das suas instituições políticas se unam com soluções inclusivas para gerir os problemas do país".
Um ano após a sua demissão sob pressão das ruas libanesas, Saad Hariri foi designado na quinta-feira primeiro-ministro e prometeu formar um "governo de peritos" para realizar "reformas", necessárias para desbloquear a ajuda internacional indispensável para tirar o país da terrível crise em que se encontra.
Os membros da equipa executiva, que não pertencerão a partidos políticos, irão realizar "reformas económicas, financeiras e administrativas", disse Hariri, que prometeu ainda "formar um governo rapidamente", considerando que "o tempo urge e o país enfrenta a sua última oportunidade".
No último ano, a moeda libanesa perdeu quase 80% do seu valor, enquanto os preços, o desemprego e a inflação dispararam.
Hassan Diab, que substituiu Saad Hariri em 2019, demitiu-se após a devastadora explosão no porto de Beirute, a 04 de agosto, que causou mais de 200 mortos, 6.500 feridos e centenas de desalojados ao destruir bairros inteiros da capital libanesa.
Mustapha Adib, embaixador na Alemanha, foi o primeiro nomeado para substituir Diab, mas não conseguiu ultrapassar as divergências sobre a atribuição das pastas ministeriais e reunir um executivo.