A eleição decorreu numa altura em que o país mais populoso do mundo árabe enfrenta um ligeiro aumento de casos de covid-19, com as autoridades a avisar que está a chegar uma segunda vaga da pandemia.
Tal como na eleição para o Senado em agosto, as autoridades eleitorais egípcias disseram que seriam distribuídas gratuitamente máscaras aos eleitores e que as secções eleitorais seriam desinfetadas.
O primeiro-ministro, Mustafa Madbouly exortou o egípcios a participar no sufrágio, que descreveu como tendo uma "atmosfera democrática", enquanto votava esta manhã no subúrbio de Gizé.
Desde que chegou ao poder em 2014, al-Sissi presidiu uma repressão permanente dos dissidentes que desencorajou as críticas públicas ao governo. As forças de segurança detiveram milhares de pessoas após pequenos protestos esporádicos na rua contra a corrupção no ano pessoal.
As eleições legislativas no Egito, que se realizam de cinco em cinco anos, foram agendadas para outubro e novembro.
As duas voltas estão agendadas para hoje e domingo e para 07 e 08 de novembro.
Para os milhões de egípcios na diáspora, a votação teve lugar de 21 a 23 de outubro e voltará a acontecer de 04 a 06 de novembro.
Os resultados serão anunciados nos dias 01 e 15 de novembro.
O mandato do atual parlamento, eleito em 2015, chega ao fim em janeiro de 2021.
Embora oficialmente dotada de prerrogativas importantes, há anos que os críticos denunciam o papel muito limitado da Câmara, agora apenas com um bloco de oposição insignificante, no debate público e na tomada de decisões políticas.
Em agosto, o Egito elegeu o seu Senado num sufrágio ganho principalmente por apoiantes do Presidente e marcado por uma reduzida afluência às urnas.
Antigo Conselho Consultivo, o Senado foi reinstituído em 2019, através de uma reforma constitucional que prevê também a possível continuidade do presidente, Abdel Fattah al-Sissi, no poder até 2030.