Num comunicado, a Presidência adiantou que Abdelmadjid Tebboune, de 74 anos, fumador, deu entrada na terça-feira uma unidade de cuidados intensivos do hospital central do Exército, em Argel, mas que o estado de saúde "não suscitava qualquer inquietação".
No entanto, a Presidência não especifica nem as razões do internamento em Argel nem as que obrigaram à transferência de Tebboune para a Alemanha.
Sábado passado, a Presidência argelina indicou que Tebboune se submetera "voluntariamente" a um isolamento de cinco dias para prevenir uma possível contaminação com covid-19 a partir de vários altos responsáveis do seu gabinete e do Governo.
A transferência para a Alemanha foi feita "por recomendação do pessoal médico", acrescenta-se no documento.
A hospitalização e a posterior transferência para a Alemanha surgem quatro dias antes de um referendo sobre a revisão da Constituição apresentado pelo Presidente, com o objetivo de fundar uma "nova Argélia".
Após várias semanas de lento declínio, a Argélia - cujas fronteiras permanecem fechadas - registou um aumento nas infeções nos últimos 15 dias.
Até terça-feira, foram detetados quase 57.000 casos no país de 44 milhões de habitantes, incluindo mais de 1.930 mortes e quase 40.000 recuperações.
O primeiro-ministro argelino, Abdelaziz Djerad, lamentou na noite de domingo o "relaxamento" da população no cumprimento das medidas preventivas contra a pandemia.