Ainda sem saber os resultados das eleições, Donald Trump subiu ao palco da Sala Este da Casa Branca para fazer um rescaldo desta noite eleitoral nos EUA.
O ainda presidente dos Estados Unidos começou por elogiar os "milhões e milhões" de norte americanos que saíram à rua para votar nestas eleições, mas afirmou, em seguida, que "alguém está a tentar descredibilizar os votos" destes cidadãos.
"Estávamos prontos para sair esta noite e celebrar. Mas de repente tudo mudou", repetiu por diversas vezes Donald Trump.
“Estávamos a ganhar tudo e de repente tudo desmoronou. Estávamos preparados para sair e festejar algo que era muito bonito. Os cidadãos saíram à rua em números recordes para nos apoiar”, afirmou, referindo-se, por exemplo, à vitória na Florida, onde o partido republicano atingiu números elevados.
“Mas sabem o que aconteceu? Sabiam que não podiam ganhar e disseram que iam para tribunal”, acusou, sugerindo depois que o lançamento de votos já após o fecho das urnas pode ser o responsável pela indecisão que ainda se vive neste momento quanto ao vencedor da noite.
"Isto é uma fraude para os americanos", atirou, sugerindo também que as tentativas de contagem de todos os boletins de voto estão a privar os seus apoiantes dos seus direitos. Recorde-se que Trump sugere que se dê por terminada a contagem de votos em territórios onde já está a ganhar, mesmo que ainda existam muitos votos por contar. Uma sugestão que a própria CNN diz tratar-se de um assalto ao processo democrático.
"Isto é uma fraude para o público americano. Isto é uma vergonha para o nosso país, estávamos preparados para ganhar esta eleição e, francamente, ganhámos esta eleição", afirmou, declarando vitória em estados onde ainda não são conhecidos os resultados, como a Carolina do Norte ou a Pensilvânia.
Donald Trump não colocou também de parte a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal para contestar a contagem de votos, garantindo: "Vamos recorrer para o Supremo Tribunal e tentar parar a contagem de votos. Não vamos deixar que votos colocados às quatro da manhã ainda sejam contados".