A moção para destituir o chefe de Estado, popular pela sua intransigência contra a corrupção, teve como motivo alegados subornos recebidos por Vizcarra em 2014, como governador, e teve mais votos do que os 87 (de 130 deputados) necessários para a destituição.
O presidente do Parlamento, Manuel Merino, deve agora assumir o comando do Governo do Peru até ao final do mandato de Vizcarra, em 28 de julho de 2021.
Tal como tinha prometido, Vizcarra apresentou-se no debate desde a primeira hora de segunda-feira, para apresentar a sua defesa, negou perentoriamente ter recebido qualquer tipo de suborno e criticou duramente o processo de destituição, aberto sob acusações não corroboradas pela justiça do país.
"Não existe prova de delito, nem existirá, porque não cometi nenhum delito, não recebi nenhum suborno. São dados falsos, não corroborados, de um processo de investigação que está apenas a começar, são hipóteses", disse Vizcarra.
Apesar disso, praticamente todas as bancadas do Parlamento se mostraram hostis para com o mandatário, que foi acusado de ser "mentiroso", "imoral", "corrupto" e responsável por toda a instabilidade política que se vive no Peru.