Dinamarca considera extinta mutação perigosa do SARS-CoV-2 em visons

As autoridades de saúde dinamarquesas acreditam que a mutação do novo coronavírus encontrada em visons, que poderia ameaçar a eficácia de futuras vacinas, esteja erradicada e suspenderam hoje as restrições decretadas há duas semanas na área mais afetada.

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Lusa
19/11/2020 13:21 ‧ 19/11/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Nenhum outro caso da mutação em visons Cluster 5 foi detetado desde 15 de setembro, razão pela qual o instituto encarregado de doenças infecciosas (ISS) acredita que essa mutação está provavelmente extinta", declarou o Ministério da Saúde dinamarquês num comunicado, anunciando o levantamento das restrições na região afetada.

As autoridades dinamarquesas já tinham eliminado no dia 13 de novembro algumas das restrições decretadas em sete municípios do norte da Jutlândia e que, em princípio, deveriam vigorar até 3 de dezembro.

Entre hoje e segunda-feira todas as instituições culturais e desportivas, restaurantes, bares, escolas e institutos serão reabertos. O transporte público será retomado e será retirada a recomendação aos moradores dessas localidades de não se deslocarem para outras partes do país.

O Governo dinamarquês ordenou a morte dos 15 milhões de visons que se encontravam em quintas da Dinamarca, maior produtor mundial, após ter detetado cinco mutações do coronavírus.

A medida gerou uma crise política neste país nórdico, ao se constatar que o Governo não tinha cobertura legal para ordenar o sacrifício obrigatório de todos os animais, mas sim apenas onde tivesse sido detetado o contágio ou na sua área imediata.

Embora o Executivo social-democrata tenha encerrado no início da semana um acordo com vários partidos de centro-esquerda para promover uma reforma legal, as pressões da oposição e aliados obrigaram na quarta-feira o ministro da Agricultura e Alimentação, Mogens Jensen, a renunciar.

Até o momento, 10,2 milhões de animais já foram mortos em toda a Dinamarca.

Com três vezes mais visons do que habitantes, o reino nórdico é o maior exportador mundial e o segundo maior produtor, atrás apenas da China, com um lucro no setor de cerca de 670 milhões de euros.

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