A informação é avançada pela Associated Press (AP), que cita uma fonte oficial, e que dá conta de que a responsável pela Administração dos Serviços Gerais, Emily Murphy, determinou que Biden é o vencedor das eleições, apesar de o republicano Donald Trump ainda estar a tentar reverter os resultados das eleições nos estados considerados de 'maior peso' no colégio eleitoral.
A candidatura de Trump tinha tentado, sem sucesso, impugnar os resultados, por exemplo, na Geórgia e na Pensilvânia.
Desta vez, o ainda chefe de Estado norte-americano foi derrotado no Michigan, que certificou hoje a vitória de Biden.
Esta decisão 'abre o caminho' para o democrata Joe Biden poder aceder às agências e fundos federais, de modo a poder começar a constituir formalmente a administração que vai governar o país durante os próximos quatro anos e cuja tomada de posse está agendada para 20 de janeiro.
A AP também explicita de que Donald Trump deu instruções à sua equipa para cooperar na transição de administrações, mas o ainda Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) promete continuar a lutar para reverter os resultados, que considera fraudulentos desde que foram conhecidas as primeiras projeções que apontavam para a vitória de Biden.
O Colégio Eleitoral de Michigan, um dos estados decisivos nas presidenciais norte-americanas, certificou hoje a vitória do democrata Joe Biden naquele Estado, apesar das pressões de Donald Trump para atrasar este processo.
Após a análise do relatório executado por uma comissão, que demonstrou a vitória de Joe Biden naquele Estado por 154 mil votos, o Colégio Eleitoral, composto por dois democratas e dois republicanos, confirmou a vitória de Biden com três votos a favor e uma abstenção.
Na sexta-feira, o republicano Donald Trump tinha recebido juízes estaduais e líderes do Senado e da Câmara dos Representantes do Michigan na Casa Branca, pressionando-os para que não certificassem a vitória de Joe Biden naquele Estado, noticia a agência AFP.
Esta decisão é mais um revés nos esforços de Trump de utilizar meios não convencionais para mudar o rumo das eleições presidenciais.
Segundo a lei de Michigan, Biden reivindica todos os 16 votos eleitorais, após vencer por 2,8 pontos percentuais, uma margem maior do que em outros Estados onde Donald Trump também contesta os resultados, como Geórgia, Arizona, Wisconsin e Pensilvânia, noticia a agência AP.
Os esforços do republicano para evitar o reconhecimento da derrota eleitoral têm encontrado cada vez mais resistência nos tribunais e de outros republicanos, a apenas três semanas do Colégio Eleitoral se reunir para certificar a vitória de Biden.
Vencedor das eleições de 03 de novembro, Biden sucederá em janeiro do próximo ano a Donald Trump, que ainda não reconheceu o desaire.
Biden também escolher a antiga dirigente da Reserva Federal (Fed) Janet Yellen foi para Secretária do Tesouro, que vai ser a primeira mulher a desempenhar este cargo.
Além disso, o Presidente eleito terá escolhido Antony Blinken para liderar a diplomacia norte-americana, John Kerry - senador eleito pelo estado do Massachusetts e antigo candidato presidencial - para chefiar o combate às alterações climáticas, e Alejandro Mayorkas vai ser o próximo Secretário da Segurança Interna - já desempenhou a função de subsecretário nesta pasta entre 2013 e 2016, no Governo de Barack Obama.