EUA: Profissionais de saúde e utentes de lares prioritários na vacinação

Os profissionais de saúde e os residentes em lares de idosos deverão ser os primeiros a receber as vacinas contra o novo coronavírus nos Estados Unidos, segundo uma proposta aprovada hoje por um comité consultivo.

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Lusa
01/12/2020 23:56 ‧ 01/12/2020 por Lusa

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Pandemia

O Comité Consultivo sobre Práticas de Vacinação votou 13-1 para recomendar que seja dada prioridade aqueles grupos nos primeiros dias de qualquer programa de vacinação que venha a surgir, quando se espera que as doses sejam muito limitadas.

Os dois grupos prioritários abrangem cerca de 24 milhões de americanos de uma população total de cerca de 330 milhões.

O comité consultivo reuniu-se hoje para dar resposta a uma das questões mais prementes do surto de coronavírus dos Estados Unidos, que passa por definir que grupos devem estar na linha da frente quando as primeiras vacinações estiverem disponíveis.

A reunião foi agendada para votar uma proposta que daria prioridade aos profissionais de saúde e aos pacientes dos lares de idosos.

Quando a reunião virtual começou, Beth Bell, membro do painel da Universidade de Washington, disse que, em média, morre uma pessoa a cada minuto de covid-19 nos EUA neste momento.

"Por isso acho que não estamos a agir cedo demais", afirmou.

Ainda este mês, a agência norte-americana do medicamento irá considerar a autorização do uso de emergência de duas vacinas feitas pela Pfizer e Moderna.

Estima-se atualmente que não estarão disponíveis mais de 20 milhões de doses de cada vacina até ao final de 2020.

Uma vez que cada vacina requer duas doses, as vacinas serão racionadas nas fases iniciais.

O painel consultivo reunir-se-á novamente para decidir quais os grupos seguintes a vacinar.

Entre as possibilidades estão professores, polícias, bombeiros e trabalhadores de outros setores essenciais, como a produção e transporte de alimentos, os idosos em geral e as pessoas com condições médicas especiais.

Os especialistas dizem que a vacina provavelmente só se tornará amplamente disponível nos EUA na primavera de 2021.

O painel de 15 membros, composto por peritos científicos externos, criado em 1964, faz recomendações ao diretor dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, que quase sempre as aprova.

As recomendações não são vinculativas, mas durante décadas têm sido amplamente atendidas pelos médicos, e determinaram o âmbito e o financiamento dos programas de vacinação dos EUA.

Agora, caberá às autoridades estatais seguir ou não as orientações. Caber-lhes-á também tomar outras decisões, mais detalhadas se necessário - por exemplo, se devem colocar os médicos e enfermeiros das urgências à frente de outros profissionais de saúde, isto no caso de o fornecimento de vacinas for baixo.

O surto nos Estados Unidos já matou quase 270.000 pessoas e causou mais de 13,5 milhões de infeções pela doença.

Cerca de dois milhões de pessoas vivem em lares de idosos e outras instalações de cuidados de longa duração nos EUA. Os doentes e o pessoal que cuida destas pessoas representam 6% dos casos de coronavírus no país e 39% das mortes, segundo as autoridades.

O número de profissionais de saúde abrangidos pela recomendação do painel seria de cerca de 21 milhões.

O governo estima ainda que as pessoas que trabalham nos cuidados de saúde representam 12% dos casos da covid-19 nos EUA, mas apenas cerca de 0,5% das mortes.

 

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