Os alunos do ensino secundário e superior vão ter de recorrer ao ensino à distância, enquanto as creches e as escolas até ao 5.º ano de escolaridade não vão ser afetadas pelas restrições, que vigoram até 03 de janeiro.
Restaurantes, bares e cafés vão fechar, embora possam fazer entregas ao domicílio, assim como os teatros, cinemas, ginásios e instalações desportivos, exceto para desportos profissionais.
Os funcionários públicos, com exceção para os que desempenham funções essenciais, vão trabalhar à distância e essa mesma recomendação vai ser feita às empresas privadas, de acordo com o pacote de medidas apresentado hoje, que vai afetar, entre outras, as três cidades mais populosas do país: Copenhaga, Aarhus e Odense.
"Estamos num momento muito sério. O contágio é muito alto e a evolução é preocupante. Temos de intervir para controlar os contágios e a pandemia", afirmou hoje a primeira-ministra, Mette Frederiksen, em conferência de imprensa.
A chefe do Executivo informou ainda que vão ser prolongadas até 28 de fevereiro as restrições já em vigor, como as reuniões públicas até 10 pessoas e o uso obrigatório de máscaras nos transportes, supermercados e instituições públicas.
As autoridades dinamarquesas recomendaram também que não mais que 10 pessoas se reunissem para as festas natalícias.
As novas restrições baseiam-se no agravamento da situação epidémica: na última semana, foram registadas diariamente entre 1.100 e 1.700 novas infeções, e hoje 2.046, revelou o ministro da Saúde, Magnus Heunicke.
O Instituto Serológico, órgão de referência em epidemias na Dinamarca, estimou no seu último relatório que, se novas restrições não fossem introduzidas, o número poderia aumentar para 4.000 novas infeções diárias antes do Natal e que poderia haver tantos internamentos de pacientes com covid-19 como em abril.
Nas últimas duas semanas, a Dinamarca registou uma incidência média de 346,5 novas infeções por cada 100.000 habitantes e um total de 878 mortes, com uma taxa de mortalidade de 15,14 por cada 100.000 habitantes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.529.324 mortos resultantes de mais de 66,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.