"Ainda estamos longe do objetivo de passar a barra dos 5 mil casos por dia. [...] Tudo vai depender da evolução nos próximos dias", afirmou hoje Jérôme Salomon, diretor-geral da Saúde, em conferência de imprensa sobre o ponto de situação da covid-19 no país.
Esta comunicação das autoridades sanitárias francesas acontece uma semana antes da data prevista do desconfimanento, que seria a 15 de dezembro.
A data foi avançada há duas semanas pelo Presidente da República, Emmanuel Macron, com a possível reabertura de cinemas, teatros e substituição do confinamento por um recolher obrigatório em todo o país, caso o número de contaminações diárias baixasse para 5 mil.
No entanto, segundo as informações avançadas hoje pelo diretor-geral da Saúde e analisando os dados da evolução da pandemia nos últimos 15 dias, o indicador de novas contaminações não passa de forma consistente abaixo dos 10 mil casos.
"Após alguns dias, o número de contaminações quotidianas não baixa e continua particularmente elevado entre as pessoas com mais de 75 anos", disse Salomon.
O diretor-geral da Saúde aproveitou ainda para reforçar a necessidade de passar o Natal de forma diferente este ano, com menos pessoas em casa e menos viagens, dando como exemplo o aumento de contaminações nos Estados Unidos e Canadá após as festas de 'Thanksgiving' (Dia de Ação de Graças).
O primeiro-ministro Jean Castex vai falar ao país na quinta-feira, esclarecendo se a partir de 15 de dezembro haverá o prometido desconfinamento ou as medidas atualmente em vigor vão continuar até ao fim do ano.
Em França, desde o início da pandemia, já foram confirmados 2.292.497 casos de covid-19 e houve 55.155 mortes devido ao vírus.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.535.987 mortos resultantes de mais de 67 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.041 pessoas dos 325.071 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.