A Agência Europeia de Medicamentos (AEM) alertou, esta sexta-feira, para os perigos da aquisição de vacinas contra a Covid-19 vendidas online.
"Após a autorização, a AEM apela a todos os cidadãos para que não comprem vacinas contra a Covid-19 em websites não autorizados ou vendedores focados em explorar o medo em tempo de pandemia", pode ler-se numa nota divulgada nas plataformas digitais oficiais do organismo.
A agência da União Europeia aconselha ainda a que todas as pessoas "sigam o plano de vacinação oficial" dos seus países e que não "procurem fontes alternativas" de aquisição de vacinas contra o novo vírus.
After authorisation, EMA is urging citizens not to get #COVID19vaccines from unauthorised websites & vendors aiming to exploit fears during #COVID19. Citizens should follow official vaccination programmes rather than seeking out alternative sources of vaccines. #EMAPublicMeeting
— EU Medicines Agency (@EMA_News) December 11, 2020
Entretanto, o Infarmed já partilhou a mensagem do organismo nos seus meios de divulgação.
É de recordar que, esta quarta-feira, a AEM, com sede em Haia, na Holanda, denunciou ter sido objeto de um "ciberataque" e anunciou a abertura de uma investigação, em colaboração com a polícia holandesa. No mesmo dia, a farmacêutica norte-americana Pfizer adiantou que, nos nos ataques à AEM, foi pirateada documentação relacionada com as vacinas contra a covid-19 da própria empresa e também da da BioNTech.
A 2 deste mês, em Lyon, a Interpol emitiu um alerta global aos seus 194 países membros, incluindo Portugal, alertando-os para se prepararem para os ataques das redes de crime organizado que em breve iriam atuar nas vacinas contra a Covid-19.
Ainda assim, ontem, dia 10 de dezembro, a AEM garantiu os ataques cibernéticos de que foi alvo durante duas semanas "não afetam" os calendários de aprovação e de distribuição das vacinas.