Dezassete procuradores-gerais republicanos e 126 membros do Congresso juntaram-se ao Texas e ao Presidente, Donald Trump, para incitar o Supremo Tribunal dos Estados Unidos a anular milhões de votos em quatro Estados, com base em alegações, sem provas, de fraude.
Hoje o líder republicano no Senado, Kevin McCarthy, da Califórnia, e Steve Scalise, do Louisiana, demonstraram apoio à ação de Trump, que pediu quarta-feira ao Supremo Tribunal para travar a vitória do presidente eleito, Joe Biden, em quatro Estados-chave, alegando que os governadores desses Estados utilizaram a pandemia provocada pela covid-19 como "pretexto" para alterarem as regras eleitorais, com o intuito de permitir mais votações por correspondência, uma opção escolhida por milhões de americanos.
Alguns republicanos exprimiram preocupações sobre o caso. Muitos outros têm permanecido em silêncio.
"O Texas é um grande Estado, mas não sei exatamente porque tem o direito de dizer a quatro outros Estados como devem dirigir as suas eleições. Por isso estou a ter dificuldade em perceber a base para esse processo", disse o senador republicano Lamar Alexander, à NBC.
O professor de direito na Universidade da Califórnia Rick Hasen escreveu num tweet que "o Supremo Tribunal não vai anular as eleições no caso do Texas, como o Presidente lhes disse para fazer".
O processo instaurado contra Michigan, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin repete acusações refutadas, e não fundamentadas, sobre a votação em quatro Estados que deram a vitória ao candidato democrata, Joe Biden.
O caso exige que o Supremo Tribunal invalide um total de 62 votos do Colégio Eleitoral dos quatro Estados, um expediente sem precedentes na história americana.
Ao processo judicial do Texas juntaram-se 17 outros em que Trump ganhou. São eles a Florida, Missouri, Alabama, Arkansas, Indiana, Kansas, Louisiana, Mississippi, Montana, Nebraska, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee, Utah e Virgínia Ocidental.