Petronila Cárdenas foi aplaudida pelos profissionais de saúde desta unidade hospitalar quando abandonou o Centro de Atenção e Isolamento Temporal (CAAT, na sigla espanhola), do Hospital Hipólito Unanue, onde esteve internada e, mais tarde, sob observação até estar livre do SARS-CoV-2, dá conta a agência espanhola Efe.
A mulher, que nasceu na região de Huancavelica, vai poder reencontrar-se com a família durante o Natal, que é composta por cinco filhos, 15 netos e cinco bisnetos.
Uma das filhas, Melissa Condori, confessou que não saberia se voltaria a ver a mãe com vida, uma vez que sabia que teria de ficar internada depois de ter testado positivo à presença do novo coronavírus.
"A minha mãe ficou mal, estava inchada e não conseguia respirar. Levámo-la de emergência a outros hospitais e nenhum a quis receber porque não havia camas. Alguém nos disse para a levarmos ao CAAT do Hipólito Unanue e receberam-na rapidamente", contou a filha.
"Fizeram-lhe o teste à covid-19 e testou positivo, tiraram amostras dos pulmões e de sangue e disseram-me que [a mãe] tinha de ficar. Comecei a chorar, tive medo de não voltar a ver a minha mãezinha", prosseguiu Melissa Condori, de 45 anos.
A filha de Petronila Cárdenas agradeceu o trabalho da equipa médica que acompanhou a mãe neste hospital de campanha, um de seis centros iguais para a covid-19 instalados em Lima, através de um projeto de gestão do património construído para os Jogos Pan-americanos de 2019 naquela cidade peruana.