"Estes dias e semanas (...) são tempos difíceis para o nosso país. E ainda vai durar muito", disse no seu discurso de antecipação do novo ano.
A Alemanha foi duramente atingida pela segunda vaga da pandemia da covid-19 e teve de decretar um novo confinamento parcial pelo menos até 10 de janeiro.
"Os desafios que a pandemia nos coloca continuam imensos", afirmou, agradecendo aos alemães que respeitaram as restrições de contactos para travar a propagação dos contágios.
Apesar dos "tempos difíceis", Merkel realçou que "a esperança teve um rosto, o dos primeiros vacinados", nomeadamente em lares. A Alemanha iniciou no sábado a campanha de vacinação contra a covid-19, antecipando-se num dia a outros países da União Europeia, como Portugal.
Na sua intervenção, a chanceler alemã criticou o movimento dos céticos da covid-19, ilustrado por várias manifestações no país.
"Só posso imaginar a amargura sentida por aqueles que choram um ente querido por causa do coronavírus, ou aqueles que continuam a sofrer as sequelas, quando a existência do coronavírus é contestada ou negada por alguns", apontou, assinalando que "as teorias da conspiração não são apenas falsas e perigosas, mas também cínicas e cruéis".
Na quarta-feira, a Alemanha ultrapassou pela primeira vez as mil mortes diárias por covid-19, uma cifra em parte explicada pela autoridade de saúde pelo registo de dados incompleto durante a época natalícia.
Desde o início da pandemia no país, já morreram 32.107 pessoas, dos mais de 1,6 milhões de infetados.
A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.