Tal como se previa, um grupo de republicanos, aliados de Donald Trump, está a fazer uma derradeira tentativa para rejeitar a certificação dos votos do Colégio Eleitoral, que deram a vitória a Joe Biden nas eleições norte-americanas.
Os republicanos apresentaram uma objeção ao votos do Colégio Eleitoral do estado do Arizona. A sessão conjunta das duas câmaras do Congresso foi interrompida para ser debatida essa objeção.
Mitch McConnel, um republicano, e o líder maioritário do Senado, condenou a objeção de alguns dos membros do seu partido, alertando para as implicações para o país ao não ser reconhecida a vontade dos eleitores.
"A Constituição dá-nos aqui, no Congresso, um papel limitado. Não podemos simplesmente declarar-nos como uma comissão nacional de eleições em esteróides. Eleitores, tribunais, estados, todos decidiram. Se rejeitarmos a sua vontade isso vai danificar a nossa república para sempre", salientou McConnell.
Num tom preocupado, o líder maioritário do Senado ressalvou que se o resultado das eleições for alterado por "meras alegações" por parte dos republicanos, "a nossa democracia entra numa espiral de morte".
"Nunca mais veríamos a nação a aceitar uma eleição de novo. A cada quatro anos seria uma corrida ao poder. A qualquer custo. O Colégio Eleitoral, que muitos de nós neste lado defendemos há anos, deixaria de existir. Isso deixaria muitos dos nossos estados sem terem uma palavra a dizer na escolha do presidente", acrescentou Mitch McConnell.
A concluir a sua intervenção, o republicano disse que o "Senado dos Estados Unidos tem um chamamento superior do que uma espiral interminável de vingança partidária" e garantiu que vai "votar para respeitar a decisão do povo".
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