"O Congresso dos Estados Unidos é um templo da democracia. Testemunhar as cenas desta noite em Washington é um choque", afirmou Charles Michel, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.
O responsável pediu, ainda, que os Estados Unidos "assegurem uma transferência pacífica de poder para Joe Biden", o vencedor das eleições presidenciais norte-americanas de novembro de 2020, numa altura de forte tensão em Washington.
Hoje, a sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA teve de ser interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio.
Milhares de manifestantes tinham-se reunido em Washington, protestando e contestando a vitória do democrata Joe Biden.
Com o aumento das tensões, alguns dos manifestantes agiram de forma violenta e chegaram mesmo a invadir o edifício do Capitólio.
Isto depois de, num comício em frente à Casa Branca, Donald Trump ter pedido aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazerem ouvir a sua voz, em protesto do que considera ser uma "fraude eleitoral", tendo mesmo dito que "nunca" aceitaria a sua derrota nas eleições de 03 de novembro.
Após esse apelo, Trump voltou a pedir aos manifestantes que hoje invadiram Capitólio que se mantenham pacíficos, meia hora depois de uma outra mensagem no mesmo sentido.
Para enfrentar os protestos, e correspondendo ao pedido da presidente da câmara de Washington, Muriel Bowser o governador do estado da Virgínia, o democrata Ralph Northam, anunciou o envio de membros da unidade estadual da Guarda Nacional, assim como 200 membros da polícia da sua unidade administrativa.
Minutos depois, agentes de segurança começaram a evacuar escritórios do Capitólio, por razões de segurança e, de seguida, aconselharam a suspensão dos trabalhos na Câmara de Representantes e no Senado.
Entretanto, o Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a por fim à violência.
Já mais tarde o Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.