O saque de produtos alimentares, como milho, mandioca seca e feijões, em casas que não estavam a ser utilizadas, aconteceu em plena luz do dia e foi descoberto por um grupo de paramilitares da Força Local, que efetua patrulha na região.
"Saquearam um pouco de tudo nas casas da população, como não está ninguém", disse uma fonte da Força Local, a partir de Mueda.
Para além do saque, os rebeldes destruíram algumas moradias e espalharam todos os pertences que encontraram nas residências.
"Fizeram estragos. Os rebeldes destruíram e saquearam tudo", relatou a fonte.
Aquela comunidade foi abandonada em junho, após os terroristas atacarem a aldeia.
"Ninguém está lá, as pessoas abandonaram porque os rebeldes atacaram em meados de 2024" relatou ainda a fonte.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio de 2024, na sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de rebeldes a saquearem a vila, provocando vários morto e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam no combate aos ataques terroristas.
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