Além da demissão do chefe Steven Sund, a agência AP noticia que três dias antes da invasão ao Capitólio o Departamento de Defesa dos Estados Unidos disponibilizou elementos da Guarda Nacional para reforçar a segurança do edifício, mas que a oferta foi rejeitada.
A mesma fonte acrescenta ainda que no próprio dia, à medida que os manifestantes iam chegando ao Capitólio, o Departamento de Justiça disponibilizou agentes do FBI (Federal Bureau of Investigation), mas que a oferta foi novamente rejeitada.
Por seu turno, em entrevista à AP, o chefe da polícia agora demissionário, responsável pela segurança do Capitólio, explicou que as autoridades esperavam que fosse apenas uma manifestação de insatisfação e não um "ataque violento", como veio a ocorrer.
Uma fonte próxima do Capitólio confirmou que na sequência dos ataques de quarta-feira Steven Sund apresentou a sua demissão e cessa funções em 16 de janeiro.
Segundo a mesma fonte, terá sido a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a instá-lo a pedir a demissão.
Entretanto, comentando estes incidentes, o chefe de polícia da cidade de Houston, no estado do Texas, considerou que "os tumultos e a perda de controlo comprometem a segurança no Capitólio para futuros acontecimentos".
"Isto foi uma falha de imaginação, de liderança. A polícia do Capitólio tem de fazer melhor e não vejo como podemos contornar isso", observou Art Acevedo, responsável pelo departamento que teve de responder a várias ações de protesto após a morte de George Floyd.
O Presidente cessante Donald Trump é acusado de ter sido o mentor da iniciativa que levou um grupo dos seus apoiantes a entrar em confronto com as autoridades, invadindo o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
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