Um tribunal da região de Kursk examinou o caso à porta fechada na segunda-feira e decidiu deter James Anderson, que "atravessou ilegalmente" a fronteira russa para participar "nas hostilidades" na zona, segundo um comunicado do seu serviço de imprensa.
"Foi escolhida uma medida preventiva de prisão preventiva" pelo "perigo" que representa Anderson, referiu o tribunal.
No início de agosto, a Ucrânia lançou uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk, que faz fronteira com o seu território. Esta operação, a maior ofensiva em território russo desde o final da Segunda Guerra Mundial, apanhou as forças de Moscovo de surpresa numa região fracamente defendida e foi um revés humilhante para o Kremlin.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, prometeu na segunda-feira prestar todo o seu "apoio" a este cidadão, afirmando ter sido informado "nos últimos dias" da sua detenção.
Um vídeo divulgado na internet por grupos pró-Kremlin mostrou um combatente estrangeiro capturado com as mãos amarradas e a identificar-se como James Anderson. O detido explicou que se juntou às forças ucranianas depois de ter sido dispensado do exército britânico. Terá sido capturado na região de Kursk, na Rússia.
O vídeo não pôde ser verificado de forma independente, segundo a agência de notícias AFP.
Numa entrevista recente ao Daily Mail, o pai de James Anderson manifestou-se chocado ao ver o vídeo.
"Vi imediatamente que era o meu filho. Parece assustado e preocupado", afirmou Scott Anderson.
O pai de James Anderson disse que a família tentou, sem sucesso, dissuadir o filho de 22 anos de viajar para a Ucrânia.
"Ele achava que estava a fazer o que era certo", sublinhou Scott Anderson.
O Governo britânico alerta que os cidadãos que vão combater na Ucrânia poderão ser "processados" pelos tribunais no seu regresso ao Reino Unido.
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