Ministros da Saúde da UE admitem "preocupação" com nova variante do vírus
Os ministros da Saúde da UE demonstraram hoje uma grande preocupação com a nova variante do SARS-CoV-2, que apresenta "características mais transmissíveis", apelando à "manutenção das medidas sanitárias", afirmou a ministra da Saúde, Marta Temido.
© Lusa
Mundo Coronavírus
A ministra falava em conferência de imprensa conjunta com a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, que marcou presença à distância, em formato digital, depois de uma reunião informal de ministros da Saúde da União Europeia (UE), que decorreu a partir do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para fazer um ponto de situação do processo de vacinação e do combate à pandemia de Covid-19.
A ministra revelou que nesta reunião foi evidente a "preocupação com o aumento da nova variante em todos os Estados-membros" do bloco comunitário, "num contexto epidemiológico que se mantém difícil para todos os países", tendo sido feito um apelo "à manutenção das medidas sanitárias".
"Estamos bem conscientes das características [da nova variante do vírus], que a tornam mais transmissível, e essa maior transmissibilidade tem efeitos sobre a evolução epidemiológica", apontou Marta Temido.
Neste sentido, a ministra garantiu que os Estados-membros partilham da mesma opinião de que "a unidade e a união são a melhor solução" para todos, razão pela qual a União Europeia "tem um verdadeiro testemunho do valor coletivo dos seus Estados-membros".
A comissária europeia da Saúde referiu que "esta nova variante já está a ter um impacto significativo em alguns países europeus", pelo que não se pode 'baixar a guarda'. "Temos de continuar a trabalhar no sentido de descobrir a sequência do genoma desta nova variante. Não há outra forma de solucionar isto", defendeu.
Para Marta Temido, que neste primeiro semestre de 2021 preside aos Conselhos de ministros da Saúde dos 27, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE, estes são apenas os primeiros passos de um processo que "vai ser longo", apelando, por isso, à "necessidade, uma vez, mais de manutenção das medidas não farmacológicas".
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.236 pessoas dos 507.108 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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