A analista de dados Rebekah Jones, que trabalhou para o Departamento da Saúde norte-americano, foi detida.
A cientista, que ajudou a construir o painel de dados do vírus do Departamento de Saúde da Florida, foi despedida em maio por insubordinação, e foi agora presa por ser acusada de aceder a um sistema informático estatal e de descarregar um ficheiro sem autorização.
A cientista terá sido despedida depois de se ter negado a manipular os dados da Covid-19.
A mulher, cuja casa já tinha sido alvo de buscas por parte da polícia, é ainda acusada de ter protagonizado um ataque informático contra os computadores do Departamento de Saúde, durante o qual os coordenadores da resposta de emergência receberam uma mensagem não autorizada.
Segundo a polícia, nessa mensagem, enviada em novembro, Rebekah Jones apelava aos coordenadores para "falarem antes que mais 17 mil pessoas morram".
A cientista nega ser a autora da mensagem, referindo mesmo que não é uma pirata informática. Apesar disso, decidiu entregar-se às autoridades para, segundo escreveu na sua conta de Twitter, poupar a sua família a mais cenas de violência.
Já depois de ser detida na prisão de Leon County, a mulher descobriu que estava infetada com Covid-19.
Rebekah Jones tem sido uma voz crítica contra o governador Ron DeSantis pela forma como este tem combatido a doença e acusando-o de mentir sobre os dados da Covid. Apesar do conflito entre ambos, a cientista continua a alegar a sua inocência.
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