Bolsonaro congratula o seu executivo após Índia autorizar envio de vacina

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, congratulou hoje o seu Ministério das Relações Exteriores pelo trabalho diplomático que permitiu que a Índia autorizasse a exportação de doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford.

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Lusa
21/01/2021 20:20 ‧ 21/01/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Nova Delhi, 21 Jan/Reuters/por Sanjeev Miglani - O Governo da Índia liberou as exportações de vacinas contra a covid-19, e as primeiras remessas serão enviadas nessa sexta-feira para o Brasil e Marrocos, disse o secretário de Relações Exteriores da Índia", divulgou na rede social Twitter o chefe de Estado, divulgando uma notícia da agência Reuters.

"Os meus cumprimentos ao Itamaraty [Ministério das Relações Exteriores], a Ernesto Araújo [ministro] e servidores [funcionários] pelo trabalho realizado", concluiu Bolsonaro.

Em causa está a autorização, por parte da Índia, da exportação de dois milhões de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que o Governo brasileiro esperava já ter recebido no fim de semana passado.

Segundo informou o consulado da Índia em São Paulo à imprensa brasileira, um avião do Instituto Serum partirá de solo indiano na sexta-feira e deverá aterrar no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ainda no sábado. A partir de lá, o carregamento será enviado para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para ser etiquetado e armazenado.

O uso de emergência do imunizante já foi aprovado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador brasileiro), mas as doses ainda não tinham chegado ao país.

O Brasil, que aprovou também no domingo o uso de emergência da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica da China Sinovac, iniciou imediatamente o seu Plano Nacional de Imunização com seis milhões de doses da fórmula chinesa.

No entanto, autoridades científicas do país alertaram que a vacinação corre o risco de ser paralisada devido à falta de matéria-prima proveniente da China, para a produção de mais doses da Coronavac, assim como pelo atraso na entrega de ingredientes da vacina de Oxford, produzida localmente pela Fiocruz.

Na quarta-feira, o ministro Ernesto Araújo disse que não havia prazo para receber o carregamento de matéria-prima, mas negou que problemas políticos e diplomáticos com a Índia e a China tenham atrasado a entrega.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (212.831, em mais de 8,6 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: Bolsonaro envia braço-direito à Argentina para recompor relação bilateral

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