"Estimamos que, se tudo correr bem, iremos envolver neste processo cerca de 20 milhões de cidadãos", acrescentou a governante.
Segundo Golikova, o Governo russo criou esta semana o plano preliminar de vacinação para o primeiro trimestre de 2021, "de acordo com o qual serão enviadas, para organizações médicas, cerca de 17 milhões de doses".
Até agora "foram fabricadas 7,6 milhões de doses, 2,1 milhões enviadas para regiões russas", salientou a vice-primeira-ministra.
Anteriormente, a presidente da Agência Russa para a Proteção do Consumidor (Rospotrebnadzor), Anna Popova, tinha dito que as autoridades de saúde russas seriam capazes de vacinar este ano "60% da população", o que considerou "um grande feito".
Popova advertiu que a campanha de imunização deve ser organizada para que a maior parte da população russa esteja protegida no início do outono, quando habitualmente aumenta o número de infeções de doenças virais.
As autoridades russas apostam na vacinação como principal resposta à pandemia, uma campanha que começou em Moscovo em 05 de dezembro, com a vacina russa Sputnik V, e em todo o país em 15 de dezembro, para a população mais vulnerável.
A Rússia tem em marcha uma campanha de vacinação maciça contra o novo coronavírus com o fármaco Sputnik V, produzido pelo Gamaleya Center. De acordo com as autoridades sanitárias, o número de pessoas vacinadas já ultrapassa um milhão e meio.
Entretanto, o número de infeções na Rússia, o quarto país do mundo, depois dos Estados Unidos, Índia e Brasil, entre os países com maior registo de contágios pelo SARS-CoV-2, continua a diminuir. Ontem foram detetados 20.921 novos casos, o número mais baixo desde novembro. Destes, 2.351 não têm sintomas da doença.
As cidades com o maior número de infeções são Moscovo, com 2.668 casos e até sexta-feira à noite o foco principal da covid-19 na Rússia, e São Petersburgo, com 3,056 infetados.
A pandemia de covid-19 provocou mais de dois milhões de mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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