Respondendo ao apelo de partidos e organizações de esquerda, cerca de 500 veículos percorreram as principais avenidas da cidade de Brasília, exibindo `slogans´ como "vacinas para todos", "oxigénio", "Bolsonaro fora" ou "impeachment sim".
Os manifestantes também protestaram contra o fim da ajuda de emergência atribuída desde abril até ao final de dezembro a 68 milhões de brasileiros, quase um terço da população.
Protestos semelhantes decorreram em outras cidades do país, incluindo o Rio de Janeiro e São Paulo.
Jair Bolsonaro tem desvalorizado a gravidade da pandemia de covid-19, considerando tratar-se de uma "gripezinha", e questionou a necessidade do uso de máscara e a eficácia das vacinas contra o novo coronavírus.
Os protestos vão continuar no domingo nas principais cidades brasileiras, desta vez convocados por partidos e organizações de direita, como o Movimento Brasil Livre e Vem Para Rua, que apoiaram Jair Bolsonaro quando chegou ao poder em janeiro de 2019, mas que se têm distanciado da sua gestão da pandemia.
Uma pesquisa publicada na sexta-feira pelo instituto Datafolha revelou uma queda acentuada na popularidade de Jair Bolsonaro, indicando que tem o apoio de 31% da população brasileira, contra os 37% registados em agosto e dezembro.
A segunda vaga da pandemia de coronavírus matou, na última semana, uma média de mil pessoas por dia no Brasil, país com cerca de 212 milhões de habitantes, que regista cerca de 215 mil óbitos por covid-19.