Os antigos chefes de Estado foram convocados pelo governador de São Paulo, João Doria, cuja gestão liderou o desenvolvimento da Coronavac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.
A vacina Coronavac chegou a ser tratada com desprezo pelo atual Presidente, Jair Bolsonaro, um dos chefes de Estados mais céticos em relação à gravidade da pandemia e que critica a origem chinesa do imunizante e questiona a sua eficácia.
Fernando Henrique Cardoso, que governou o Brasil entre 1995 e 2002, disse que nos seus 89 anos de vida "nunca viu nada como" o que o mundo está a atravessar agora e afirmou que a única solução é a vacina e a prevenção.
Por sua vez, Sarney (1985-1990) destacou que "a esperança de superar esta tragédia é a vacinação" e, aos 90 anos, pediu que seja feita com "espírito de solidariedade".
Segundo Temer, que governou entre 2016 e 2018 e que tem 80 anos, "a vida não volta e a economia recupera-se", por isso é preciso "insistir na ideia da vacina", que é "o que vai preservar vidas".
João Doria destacou que convidou também os ex-presidentes Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que se recusaram a participar no evento.
A vacinação contra a covid-19 no Brasil começou há apenas uma semana com seis milhões de doses do antídoto chinês, que foram distribuídas proporcionalmente pelas 27 unidades federativas do país.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (217.037, em mais de 8,8 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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