Ex-presidentes do Brasil unem-se em ato pró-vacina em São Paulo

Os ex-presidentes brasileiros José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer uniram-se hoje num evento pró-vacina em São Paulo, num momento em que imunizantes contra a covid-19 são vistos com desconfiança por parte da população.

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Lusa
25/01/2021 21:32 ‧ 25/01/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

Os antigos chefes de Estado foram convocados pelo governador de São Paulo, João Doria, cuja gestão liderou o desenvolvimento da Coronavac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.

A vacina Coronavac chegou a ser tratada com desprezo pelo atual Presidente, Jair Bolsonaro, um dos chefes de Estados mais céticos em relação à gravidade da pandemia e que critica a origem chinesa do imunizante e questiona a sua eficácia.

Fernando Henrique Cardoso, que governou o Brasil entre 1995 e 2002, disse que nos seus 89 anos de vida "nunca viu nada como" o que o mundo está a atravessar agora e afirmou que a única solução é a vacina e a prevenção.

Por sua vez, Sarney (1985-1990) destacou que "a esperança de superar esta tragédia é a vacinação" e, aos 90 anos, pediu que seja feita com "espírito de solidariedade".

Segundo Temer, que governou entre 2016 e 2018 e que tem 80 anos, "a vida não volta e a economia recupera-se", por isso é preciso "insistir na ideia da vacina", que é "o que vai preservar vidas".

João Doria destacou que convidou também os ex-presidentes Fernando Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que se recusaram a participar no evento.

A vacinação contra a covid-19 no Brasil começou há apenas uma semana com seis milhões de doses do antídoto chinês, que foram distribuídas proporcionalmente pelas 27 unidades federativas do país.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (217.037, em mais de 8,8 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: Autoridades corrigem para 19 n.º de mortos em acidente de autocarro

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