A decisão contraria as opções do seu antecessor Donald Trump, e pode indicar a disponibilidade de Washington em promover avanços no diálogo e tentar obter uma solução para as décadas de conflito entre palestinianos e israelitas.
Richard Mills, atual embaixador adjunto dos Estados Unidos nas Nações Unidas, fez o anúncio da nova abordagem de Biden durante uma reunião de alto nível do Conselho de Segurança, ao indicar que a nova administração norte-americana acredita "constituir o melhor caminho para assegurar o futuro de Israel enquanto Estado judeu e as legítimas aspirações dos palestinianos para obterem um Estado próprio e viverem com dignidade e segurança".
"Com o objetivo de fazer avançar estes objetivos, a administração Biden vai reiniciar um envolvimento credível dos EUA com os palestinianos e também com os israelitas", disse Mills.
"Isto envolverá o restabelecimento das relações com a liderança palestinianas e o povo palestiniano", adiantou.
"O Presidente Biden tornou claro que pretende restaurar os programas de assistência que apoiem programas de desenvolvimento económico e de ajuda humanitária ao povo palestiniano, e tomará medidas para retomar as relações diplomáticas que foram encerradas pela anterior administração dos EUA", precisou o diplomata.
Mills disse ainda que os Estados Unidos esperam iniciar os contactos para lentamente construir uma relação de confiança entre as duas partes e permitir um ambiente que conduza a uma solução de dois Estados.
Para garantir este objetivo, prosseguiu Mills, "os Estados Unidos vão exortar o Governo de Israel e os palestinianos para que evitem ações unilaterais que tornem mais difícil a solução de dois Estados", como a anexação de territórios, instalação de colonatos, demolições ou a concessão de compensações para indivíduos na prisão por atos de terrorismo.
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