Chama-se Tobe Hayden-Leigh e tem 45 anos, o homem britânico que na semana passada entrou numa unidade de cuidados intensivos, num hospital de Surrey, no Reino Unido, para acossar os profissionais de saúde, que acusa de serem "homicidas".
A polícia do condado de Surrey divulgou esta quarta-feira imagens do homem, natural do condado limítrofe de Kent, para que se possa ser levado à justiça.
Tobe Hayden-Leigh estava com um grupo de pessoas, todos sem máscara, quando entraram no hospital e começaram a insultar os profissionais de saúde. O incidente estava a ser filmado pelos próprios, com o propósito de depois colocar as imagens nas redes sociais, o que aconteceu no dia 23 de janeiro.
O negacionista do vírus SARS-CoV-2 estava a pressionar os médicos para que o paciente tivesse alta e fosse levado para casa, enquanto o profissional de saúde lhe tentava dizer que o doente podia "morrer a qualquer minuto" se fosse movido.
Negacionista está a ser procurado pelas autoridades britânicas© Reprodução
Tobe Hayden-Leigh insistia para que fosse retirado o oxigénio ao homem e ignorava os apelos do médico para sair do local, num incidente que durou cerca de 20 minutos. De acordo com a imprensa britânica, que teve acesso ao vídeo (entretanto eliminado pelo Facebook), é possível ouvir o doente a tossir e com dificuldade em respirar.
O homem insistia com o médico para que lhe definisse o coronavírus e que lhe provasse que existe, embora estivesse num local cheio de pacientes da doença.
Recorde-se que esta quarta-feira as autoridades da Saúde e a polícia britânica indicam ao Guardian que há vidas a ser colocadas em risco e que o cuidado a pacientes está a ser posto em causa devido a invasões de negacionistas nos hospitais.
Desde o início do ano, vários adeptos de teorias de conspiração perseguem profissionais de saúde e invadem hospitais e unidades de saúde para filmar e depois partilhar o resultado nas redes sociais. Até ao momento, foram detidas e multadas apenas sete pessoas.
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