Segundo a EFE, poderá ser exigido um teste negativo, a partir deste domingo, a todos os que chegarem por estrada ou comboio ao território francês.
As referidas fontes disseram à EFE, que o controlo para o cumprimento destas novas regras sobre comboios ou atravessamento de fronteira por estrada serão "aleatórios".
Além dos motoristas profissionais, também não serão obrigados a apresentar um teste negativo os trabalhadores transfronteiriços, que têm de atravessar a fronteira diariamente por motivos de trabalho.
O primeiro-ministro, Jean Castex, anunciou, esta sexta-feira, um reforço do regime de entrada em território francês para tentar evitar uma escalada de infeções e conter, acima de tudo, a chegada de novas variantes do SARS-CoV-2.
A partir da meia-noite de sábado, França estará quase totalmente fechada aos países fora da União Europeia, uma vez que só será possível viajar para um ou outro sentido por "motivos imperiosos".
Os que justificarem o "motivo imperioso" terão de apresentar um teste PCR realizado nas últimas 72 horas antes do voo e comprometerem-se em cumprir um isolamento de sete dias após a chegada a França, realizando ainda um segundo teste.
Até agora, apenas franceses ou estrangeiros residentes estavam autorizados a viajar para França de fora da União Europeia.
As viagens de outros países fora do espaço europeu (UE, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega, San Marino, Vaticano e Suíça) não estarão condicionadas a uma "razão convincente", mas estarão sujeitas a um teste PCR.
A partir de domingo, quem entrar em França por via terrestre não tem obrigação de cumprir o confinamento, mas "é altamente recomendável isolar-se por sete dias", segundo refere o Ministério do Exterior na sua página de aconselhamento aos viajantes.
Na última semana, França tem vindo a registar uma média de pouco mais de 20.000 infeções diárias (22.858 foram notificados nesta sexta-feira) e os números de doentes hospitalizados com covid-19 (mais de 27.300), assim como aqueles que estão internados em unidades de cuidados intensivos (mais de 3.000), têm crescido de forma quase ininterrupta desde o final do ano passado.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 11.608 pessoas dos 685.383 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.