A polícia proibiu a manifestação no sábado, após um desfile anterior que reuniu 10.000 pessoas em meados de janeiro e durante o qual muitos participantes não usavam máscaras e não respeitaram as distâncias sanitárias em vigor.
Mas, de acordo com a polícia, vários milhares de pessoas responderam na tarde de hoje ao apelo do partido da extrema direita FPÖ, que organizou a manifestação e considerou a sua proibição "escandalosa".
Entre eles estão ativistas neonazis e 'hooligans' e a polícia procedeu a várias detenções, enquanto a multidão se recusava a dispersar e insistia em marchar em direção ao parlamento, bloqueando o trânsito.
No início da semana, o ex-ministro do Interior Herbert Kickl, membro do partido FPÖ, apelou a que as ruas fossem hoje tomadas em manifestação contra o toque de recolher obrigatório e o terceiro confinamento em vigor.
Foi a primeira vez que este partido organizou oficialmente um comício a contestar as medidas decididas pelo Governo conservador para tentar limitar a contaminação do vírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19.
Esta manifestação foi proibida por causa das "perturbações de ordem pública" que, provavelmente, iria gerar.
"Estamos a assistir a uma censura inédita", insurgiu-se M. Kickl no sábado, perante os jornalistas, acrescentando que "é um escândalo".
Neste sentido, o FPÖ apresentou um segundo pedido de autorização de manifestação para "defender a democracia, a liberdade e os direitos fundamentais", mas a polícia também o rejeitou.
A recusa deveu-se ao risco dos ajuntamentos "por causa do aumento de transmissão das novas variantes" do vírus e "a falta de rastreabilidade dos contactos", nas filas da manifestação.
Apesar de um novo confinamento e de um alargamento no recolher obrigatório decretado após o Natal, a Áustria, que tem 8,9 milhões de habitantes, registou, este domingo, 1.190 novas infeções.
Segundo uma sondagem publicada este sábado no semanário Profil, 64% dos austríacos reclamam pelo encerramento dos teleféricos nas estações, uma vez que, atualmente, estão abertos.
Escolas, pavilhões desportivos, hotéis, restaurantes, lojas não essenciais e espaços culturais estão fechados.
A oposição social-democrata votou no sábado a favor da reabertura das escolas em 08 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.219.793 mortos resultantes de mais de 102,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 12.482 pessoas dos 720.516 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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