BioNTech defende "ecossistema de investigação e desenvolvimento"
O presidente da BioNTech, Ugur Sahin, defendeu hoje a necessidade de criar um "ecossistema de investigação e desenvolvimento" que ligue a Europa e reúna a investigação, a pesquisa académica, a indústria e a inovação conectiva.
© REUTERS/Fabian Bimmer
Mundo Investigação
"Temos de desenvolver um ecossistema de investigação e desenvolvimento, que ligue a Europa, mas também ligue a Europa ao resto do mundo", afirmou.
O empresário alemão falava numa conferência internacional 'online' organizada pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) sobre a perspetiva de como o programa Horizonte Europa, hoje apresentado, pode ajudar a mobilizar sinergias na erradicação de pandemias e no desenvolvimento de novos materiais e sistemas biomédicos.
Ugur Sahin acredita que, futuramente, os ciclos de inovação serão "muito mais curtos", o que torna necessário "obter conhecimento muito rápido" tendo em conta que "a biologia científica pode permitir-nos usar e agir sobre esse conhecimento", apontando o desenvolvimento da vacina contra a covid-19 como exemplo.
Nesse sentido, o presidente da BioNTech considera "extremamente importante" juntar os ecossistemas de investigação, de pesquisa académica, da indústria e da inovação colaborativa, para gerar novo conhecimento.
O cientista destacou ainda a importância dos programas de investigação da Comissão Europeia, dos quais beneficia desde 2001, ano em que criou a biotecnológica BioNTech, que desenvolveu uma vacina contra a covid-19 em parceria com a Pfizer, um "feito que se deve ao ecossistema de pesquisa verificada".
A BioNTech tem estado envolvida em polémica com a União Europeia (UE) após problemas de produção que atrasaram o fornecimento das doses estipuladas nos contratos com a Comissão Europeia.
No entanto, na passada segunda-feira, 01 de fevereiro, a empresa alemã anunciou que fornecerá aos países da UE mais 75 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19, desenvolvida com a Pfizer, no segundo trimestre do ano, após melhorar os processos de produção.
Este fornecimento faz parte da segunda encomenda da UE de 200 milhões de doses, que estava previsto para mais tarde, mas que a empresa diz agora conseguir acelerar e entregar no segundo trimestre, depois de melhorar a capacidade de produção.
A UE, que encomendou um total de 600 milhões de doses desta vacina, foi criticada por solicitar vacinas tarde demais e em quantidades insuficientes de várias empresas.
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