De acordo com o Ministério do Interior, citado pela Agência de Notícias Saudita (SPA, na sigla inglesa), a "suspensão temporária" vai entrar em vigor na quarta-feira, às 21:00 locais (18:00 em Lisboa).
Os países incluídos na 'lista negra' são: Portugal, Estados Unidos da América (EUA), Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Egito, Emirados Árabes Unidos, França, índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Líbano, Paquistão, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.
Os cidadãos sauditas, assim como os diplomatas e profissionais de saúde que provenham destas nações têm permissão para entrar no país, mas "dentro do quadro de medidas de precaução" recomendadas pelas autoridades sanitárias, acrescentou a tutela.
O anúncio formal destas restrições fronteiriças sucede ao aviso feito no domingo pelo ministro da Saúde, Tawfiq al-Rabiah, que alertou para a necessidade de imposição de medidas ainda mais restritivas se a população saudita não cumprisse as medidas que vigoravam até agora.
A Arábia Saudita contabilizou 368.000 infeções e 6.400 óbitos desde o início da pandemia. O país mais populoso do Golfo Pérsico (com cerca de 34 milhões de habitantes) é também o mais afetado pelo SARS-CoV-2.
No início de janeiro havia menos de 100 contágios diários -- número que contrasta com os quase 5.000 diários em junho -, mas desde então as autoridades sanitárias têm registado um aumento, com mais 310 nas últimas 24 horas.
A campanha de vacinação do reino começou em 17 de dezembro com a inoculação da vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech, no entanto, o Ministério da Saúde saudita anunciou que houve necessidade de desacelerar o ritmo de vacinação, por causa dos atrasos na entrega destes fármacos, situação que ocorre também, por exemplo, na União Europeia.
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