Nova primeira-dama dos EUA marca contraste com Melania Trump

Duas semanas depois da tomada de posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, Jill Biden imprimiu ao papel de primeira dama um estilo e tom totalmente diferentes do da sua antecessora, Melania Trump. 

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© Tom Brenner/Reuters

Lusa
05/02/2021 00:30 ‧ 05/02/2021 por Lusa

Mundo

Jill Biden

 

Enquanto a ex-modelo Melania, normalmente vestida com roupa de marca, fazia aparições cuidadosamente coreografadas - e em que raramente se desviava de declarações introduzidas em "teleponto" - Jill Biden privilegia a interação com audiências, ainda que, por enquanto, 'online'. 

Marcando o seu registo mais tradicional, Jill Biden, professora universitária, apresentou-se na quarta-feira num encontro 'online' com mulheres de militares norte-americanos vestida de forma simples, fazendo sobressair um cenário composto por velas, flores, a bandeira dos Estados Unidos e um bule de chá.

Conhecedora dos recantos da Casa Branca - que frequentou durante os oito anos em que o seu marido foi vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) - Jill Biden partilhou, em jeito de desabafo, com o à-vontade que a carateriza, as suas preocupações nas novas funções.

"Mal acredito que a cerimónia de investidura foi há apenas duas semanas e que já tenho tantas coisas para tratar", disse Jill Biden, que aos 69 anos é a mulher mais velha a assumir funções de primeira dama.

Filha de um ex-combatente, Jill Biden recordou a participação em cerimónias oficiais ao lado do pai, que lhe legou "o amor pelo país". 

Enquanto a nova primeira dama é casada há 43 anos com o novo presidente, a sua antecessora, de 50 anos de idade, nascida na Eslovénia e ainda falante de inglês com um carregado sotaque da Europa de Leste, é a terceira mulher de Donald Trump, mãe de um dos seus cinco filhos.

Durante os quatro anos como primeira dama, Melania manteve-se fiel a um guião em todas as suas intervenções, mas não evitou diversos embaraços, até que, a 20 de janeiro, deixou a Casa Branca - vestida com Chanel, Dolce & Gabbana e Christian Louboutin

À chegada à Flórida, onde agora reside com o marido, optou por um vestido Gucci.

Foram também as roupas a causar alguns dos seus primeiros embaraços, quando num périplo por países africanos, se apresentou no Quénia com um capacete caqui, de tipo colonial.

Mais embaraçosa ainda foi a sua visita a um centro de acolhimento de crianças migrantes, em 2018, em que trazia vestido um casaco com a inscrição "I really don't care, do u?" ("A mim não me interessa nada, e a ti?").

A sua porta-voz negou, na altura, haver qualquer intenção de transmitir algo usando o casaco, mas a própria Melania disse mais tarde ter pretendido "enviar uma mensagem aos media, de esquerda" que, alegadamente, a criticavam.

Sendo a escolha da "causa" da primeira-dama essencial às funções, Melania optou por "Be Best" ("Ser Melhor"), slogan vago relacionado, segundo mais tarde ficou mais claro, com o bem estar das crianças.

Mais tradicional na escolha das suas causas, mas de forma invulgar usando o título de "doutora" antes do nome - o que já lhe mereceu críticas - Jill Biden escolheu o apoio às famílias de militares, a luta contra o cancro e a Educação. 

Também na quarta-feira, interveio num colóquio do National Cancer Institute, recordando a morte dos seus pais e de Beau Biden, filho do seu marido, aos 46 anos de idade, com um tumor cerebral.     

Enquanto os quatro anos dos Trump na Casa Branca ficaram marcados por constantes rumores sobre um divórcio, alimentados pelos longos períodos de ausência de Melania, Jill Biden mostra-se disposta a aparecer com frequência com o marido, tendo já dado várias entrevistas ao seu lado. 

Numa das mais recentes, à revista People, fez questão vincar a solidez da relação do casal.

"Após 43 anos de casamento, realmente não restam entre nós assuntos de discórdia", afirmou, sentada ao lado do novo presidente. 

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