"O Governo chinês atribui grande importância à segurança e eficácia das vacinas para a covid-19", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin, em conferência de imprensa.
"Com base nos ensaios clínicos de fase 3, é evidente que as vacinas chinesas são eficazes e seguras", acrescentou.
O porta-voz defendeu que a "comunidade internacional deve unir-se, em vez de entrar em conflito em torno da questão das vacinas".
Numa intervenção na unidade de investigação norte-americana Atlantic Council, o chefe de Estado francês disse que Pequim implantou uma "diplomacia da vacina" com vários países em desenvolvimento, mas sem fornecer informações transparentes sobre a eficácia desses produtos.
"Isto significa que, a médio e longo prazo, é quase certo que, se essa vacina não for adequada, vai facilitar o surgimento de novas variantes; não vai ajudar em nada a situação nesses países", advertiu.
A China aprovou formalmente, no final de dezembro, apenas uma das suas vacinas em desenvolvimento.
A vacina aprovada foi desenvolvida pelo laboratório Sinopharm, que afirma que esta tem um índice de eficácia de 79%.
Mas Pequim começou no verão passado a vacinar com urgência certos grupos de risco, como diplomatas ou estudantes que viajam para o exterior.
Outra vacina chinesa, do laboratório Sinovac, foi testada em larga escala em vários países, nomeadamente no Brasil, onde apresentou uma taxa de eficácia geral de 50,38%.