"Alguns países começaram a exigir um certificado [de vacinação], como fazemos agora com os testes (de covid-19) antes de viajar", explicou, em declarações à estação britânica ITV.
Segundo Zahawi, alguns países só admitem a entrada de pessoas se tiverem algum tipo de atestado que comprove que foram vacinadas contra o coronavírus. "Vamos tentar facilitar isso ao indivíduo" que o peça, disse.
Israel anunciou nos últimos dias ter chegado a acordos de princípio com a Grécia e o Chipre para permitir a circulação sem restrições de cidadãos vacinados contra o novo coronavírus entre os respetivos países, enquanto na Europa, Suécia e a Dinamarca já anunciaram a criação de certificados de vacinação digitais para viagens ao estrangeiro, à semelhança da Islândia.
Zahawi vincou, no entanto, que os chamados "passaportes de vacinação" não serão usados no Reino Unido a nível interno para permitir aliviar as restrições em vigor.
"Não estamos a avaliar os passaportes de vacinação para a nossa economia nacional. Acho muito melhor vacinar toda a população adulta, oferecer a vacina, o quanto antes, até setembro", acrescentou.
O plano de imunização britânico, iniciado em 08 de dezembro de 2020, completou a primeira etapa de administrar uma primeira dose a 15 milhões de pessoas dos quatro primeiros grupos prioritários e entrou na segunda-feira numa nova etapa, iniciando a vacinação de maiores de 65 anos.
As autoridades de saúde estão confiantes de que todos com mais de 50 anos receberão a primeira dose até o final de abril e a totalidade dos adultos até setembro.
O jornal The Times noticiou hoje que os efeitos do programa de vacinação já começaram a ser sentido em termos de redução das hospitalizações, mortes e transmissão do coronavírus.
Ao comparar os casos de idosos que receberam a vacina com os que não receberam, dados preliminares sugerem que o plano de imunização está a reduzir os internamentos e mortes por covid-19.
Outro estudo feito com profissionais de saúde vacinados também mostrou baixos níveis de infeção, o que mostra que as vacinas reduzem a transmissão.
O jornal The Times refere que se tratam de dados preliminares baseados principalmente na vacina da farmacêutica Pfizer. A outra vacina usada no Reino Unido é a da AstraZeneca.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu na segunda-feira existirem sinais "interessantes" de que as vacinas estão a funcionar, mas disse que iria agir "com cautela" no alívio das restrições atuais para conter a pandemia covid-19 no país.
O número de infeções diárias caiu 29% nos últimos sete dias no Reino Unido, que na segunda-feira relatou 9.765 novos casos positivos, contra 10.972 no domingo.
O número de óbitos também caiu 26,2% nos últimos sete dias, com 230 registados na segunda-feira, contra 258 no domingo.
O Reino Unido somou até hoje 117.396 mortes desde o início da pandemia covid-19, o balanço mais alto na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.
Em Portugal, morreram 15.411 pessoas dos 787.059 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.400.543 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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