"Não sobrou nada, nem mesmo uns contactos esporádicos sobre assuntos internacionais", disse o chefe da diplomacia russa.
Nas conversações relacionadas com o problema nuclear iraniano, a Rússia e a UE participam nos trabalhos de um grupo conjunto e o mesmo acontece nas conversas sobre o Médio Oriente, onde existe um "quarteto" de mediadores formado pela Rússia, os Estados Unidos, a UE e as Nações Unidas, precisou Lavrov.
"Ou seja, não se trata da (nossa) relação com a UE, mas de cooperação internacional", vincou.
Na semana passada, Lavrov aludiu a uma possível rutura das relações com a União Europeia caso houvesse novas sanções, depois de o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, ter garantido que a Rússia "está a desligar-se progressivamente da Europa".
Ao mesmo tempo, o diplomata russo explicou na segunda-feira que a rutura entre a Rússia e o bloco europeu começou em 2014 na Ucrânia, e recordou que "não se deve confundir a UE com a Europa".
Borrell, que a 05 de fevereiro se tornou no primeiro chefe da diplomacia comunitária a visitar a Rússia desde 2017, admitiu que o encontro com Lavrov foi tenso, especialmente quando pediu a libertação do líder oposicionista, Alexei Navalny, condenado a uma pena de prisão.
Ao regressar a Bruxelas, o diplomata espanhol não descartou a adoção de um novo conjunto de sanções contra Moscovo, algo que vários membros da UE já pediram.
O Kremlin expressou esta semana a sua confiança de que a UE tem vontade política para continuar o diálogo com a Rússia e que isso vai prevalecer sobre a ameaça de uma nova espiral de sanções.
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