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Covid-19: Hungria prolonga estado de emergência por mais três meses

O Parlamento da Hungria aprovou hoje o prolongamento do estado de emergência por mais três meses no âmbito da atual crise pandémica, decisão que atribui competências extraordinárias ao Governo do ultranacionalista Viktor Orbán até 23 de maio.

Covid-19: Hungria prolonga estado de emergência por mais três meses
Notícias ao Minuto

18:00 - 22/02/21 por Lusa

Mundo Covid-19

A prorrogação foi aprovada com o apoio dos deputados do partido de Orbán, o Fidesz, tendo sido contestada pelas forças da oposição, que rejeitam os poderes extraordinários atribuídos ao executivo ao abrigo da figura do estado de emergência.

Os partidos da oposição acusam o Governo húngaro de estar a aproveitar a atual situação para adotar medidas que, segundo defendem os opositores de Viktor Orbán, excedem as questões sanitárias e a crise epidemiológica.

Um desses exemplos é um conjunto de medidas que visam reduzir os meios financeiros de municípios que são liderados por forças da oposição, de acordo com Tamás Harangozó, membro e deputado do Partido Socialista húngaro, citado pelas agências internacionais.

Já a Coligação Democrática (social-liberal) criticou, por sua vez, um decreto-lei que autoriza o uso de vacinas que tenham sido administradas em mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, critério que permitiu a Budapeste dar "luz verde" à vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm.

A Hungria tornou-se o primeiro país na União Europeia (UE) a comprar esta vacina desenvolvida na China, tendo recebido, na passada terça-feira, 550 mil doses de um total de cinco milhões doses encomendadas.

Neste momento, o uso da vacina da Sinopharm não está autorizado no território europeu.

A Hungria, que tem apontado críticas ao programa comum de compra de vacinas da UE, também se desmarcou dos parceiros comunitários quando concordou em comprar doses da vacina russa, a Sputnik V.

A vacina Sputnik V já começou a ser administrada no território húngaro, enquanto o processo de inoculação com o fármaco da Sinopharm deverá arrancar na próxima quarta-feira, avançou hoje o órgão operacional responsável pelo combate à covid-19.

Com uma população de quase 10 milhões de pessoas, a Hungria contabiliza, até à data, 453.457 pessoas vacinadas, a maioria inoculada com fármacos autorizados pelas autoridades europeias competentes, ou seja, com as vacinas desenvolvidas pelas farmacêuticas ocidentais Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford e Moderna.

Nas últimas 24 horas, o país registou 2.623 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e 48 mortes associadas à doença covid-19.

A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 2.466.453 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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