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Laboratório chinês recrutou voluntários para testar medicamento no Brasil

Terminou o recrutamento de voluntários para testes clínicos no Brasil de um medicamento que poderá oferecer um "tratamento efetivo" contra a covid-19, anunciou na segunda-feira um laboratório chinês.

Laboratório chinês recrutou voluntários para testar medicamento no Brasil
Notícias ao Minuto

17:41 - 23/02/21 por Lusa

Mundo Covid-19

Num comunicado, o presidente e fundador do Kintor, Pharmaceutical Ltd, Tong Youzhi sublinha que demorou apenas três semanas a recrutar 588 pacientes, distribuídos igualmente pelos dois sexos, admitidos com covid-19 em hospitais brasileiros.

Resultados preliminares do uso de emergência da proxalutamida em pacientes em estado grave revelaram "surpreendentemente" uma redução no número de mortes e de doentes que tiveram de ser entubados, acrescentou o investigador.

Tong Youzhi referiu ainda que o laboratório já está a preparar a fase final de testes clínicos no Brasil, China e em outros países.

Num anúncio enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, o Kintor disse esperar que os resultados dos testes clínicos com proxalutamida estejam disponíveis em março.

A proxalutamida é um agente bloqueador do androgénio, porque a hormona sexual masculina parece ajudar o novo coronavírus a entrar nas células humanas, algo sugerido por uma investigação feita em 2020 na Universidade de Suzhou, junto a Xangai.

O estudo é liderado pela empresa norte-americana Applied Biology Inc.

Em estudos prévios, a proxalutamida reduziu o risco de hospitalização dos pacientes infetados pelo novo coronavírus em 100%, no caso dos homens, e em 90% nas mulheres, referiu o laboratório no mês passado.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.474.437 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

O Brasil é o segundo país mais afetado, com 247.143 mortes e 10.195.160 casos, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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