A Dinamarca pretende levantar algumas das restrições em vigor no país como forma de combater a pandemia, começando pelo comércio e por algumas escolas já em março.
O primeiro-ministro dinamarquês chamou à tão aguardada decisão um "risco calculado", segundo a Reuters. O governo pretende assim reabrir lojas com menos de 5 mil metros quadrados e as atividades de lazer poderão ser retomadas com um limite máximo de 25 pessoas. As escolas, em algumas partes do país, também terão permissão para reabrir, mas será exigido aos alunos que sejam testados duas vezes por semana.
No entanto, segundo o próprio executivo, estas medidas, apesar de recomendadas por um grupo de especialistas, podem fazer disparar os internamentos hospitalares.
“Mais atividade também significará mais infetados e, portanto, também mais hospitalizações”, disse o ministro da Saúde, Magnus Heunicke, numa conferência de imprensa, acrescentando que as admissões por Covid-19 podem atingir um pico brevemente, com cerca de 880 internamentos em meados de abril, mais do triplo das atuais (247).
“Vimos outros países a ir depressa demais e perderam o controlo das infeções. Esse é um cenário que devemos evitar", disse ainda o ministro das Finanças, Nicolai Wammen.
A Dinamarca, que tem uma das taxas de infeção mais baixas da Europa, registou uma queda no número de infeções depois de ter implementado restrições em dezembro, como forma de conter uma variante mais contagiosa do novo coronavírus. Até agora o país registou mais de 208 mil casos e quase 2.400 mortes por Covid-19.
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