Diplomatas russos deixam Coreia do Norte a empurrar malas em vagão
O grupo saiu a pé e a empurrar malas num vagão ferroviário.
© Facebook/ Russian Foreign Ministry
Mundo Covid-19
Um grupo de diplomatas russos e as suas famílias saíram da Coreia do Norte de forma pouco habitual: a pé e a empurrar as malas num vagão ferroviário.
As oito pessoas viajaram de comboio e autocarro antes de terem de ir a pé, sobre as linhas de comboio durante cerca de um quilómetro, a empurrar a bagagem num vagão até cruzarem a fronteira russa, conta a BBC.
A Coreia do Norte bloqueou a maior parte dos transportes de passageiros para limitar a propagação da Covid-19 no país. Até agora o país afirma que não teve nenhum caso confirmado, no entanto os observadores internacionais contestam a afirmação.
Os comboios estão proibidos de entrar ou sair do país desde o início do ano passado, bem como a maioria dos voos internacionais de passageiros. Dessa forma, os diplomatas russos ficaram sem grandes hipóteses.
"Como as fronteiras estão fechadas há mais de um ano e o tráfego de passageiros foi interrompido, foi preciso fazer uma longa e difícil jornada para chegar em casa", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia numa publicação no Facebook, acompanhada de duas fotografias que mostram os diplomatas com as suas malas.
© Facebook/ Russian Foreign Ministry
Nas imagens é possível ver o terceiro secretário da embaixada, Vladislav Sorokin, que empurrou o vagão por uma ponte ferroviária sobre o rio Tumen para a Rússia, com a mulher e a filha de três anos, Varya, pode ler-se ainda na publicação. O grupo terá viajado durante 32 horas de comboio e duas horas de autocarro desde Pyongyang até à fronteira russa. Depois de 'empurrarem' até ao outro lado, foram recebidos por oficiais do ministério russo numa estação do lado russo e foram de autocarro até ao aeroporto de Vladivostok.
No ano passado, devido às restrições anti-Covid, muitos diplomatas estrangeiros deixaram o país e as embaixadas ocidentais foram fechadas. A maioria foi por terra e cruzou a fronteira com a China e houve um voo em março do ano passado para Vladivostok que transportou diplomatas da Alemanha, Rússia, França, Suíça, Polônia, Romênia, Mongólia e Egito.
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