A mulher, Oksana Senedjouk, especialista-chefe do Instituto de Investigação e Design de Planeamento Urbano e Arquitetura de Sebastopol, foi considerada culpada de "alta traição" pelo tribunal municipal desta cidade portuária nas margens do Mar Negro, de acordo com o comunicado.
Foi condenada a 15 anos de prisão e multada em 200.000 rublos (cerca de 1.900 euros), disse a procuradoria russa.
"Foi estabelecido que Senedjouk foi recrutada por um agente dos serviços especiais ucranianos" que trabalhou na administração local antes de partir para a Ucrânia em 2015, disse o Ministério Público.
Este homem manteve-se, no entanto, em contacto com Oksana Senedjouk, afirmou.
Em março de 2023, ela entregou, "sob as suas ordens", informações e fotografias que permitiam a localização de navios pertencentes à frota russa do Mar Negro, cujo porto de origem é Sebastopol, segundo o comunicado.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os processos por "traição", "terrorismo", "sabotagem" ou "espionagem", que implicam sempre penas pesadas, multiplicaram-se na Rússia.
Milhares de pessoas também foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição ao conflito na Ucrânia.
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