Justiça russa condena mulher a 15 anos de prisão por alta traição

Uma residente de Sebastopol, na Crimeia anexada, foi condenada a 15 anos de prisão por "alta traição" em benefício da Ucrânia, anunciou hoje a Procuradoria-Geral russa num comunicado.

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Lusa
26/12/2024 15:37 ‧ há 14 horas por Lusa

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Ucrânia

A mulher, Oksana Senedjouk, especialista-chefe do Instituto de Investigação e Design de Planeamento Urbano e Arquitetura de Sebastopol, foi considerada culpada de "alta traição" pelo tribunal municipal desta cidade portuária nas margens do Mar Negro, de acordo com o comunicado.

 

Foi condenada a 15 anos de prisão e multada em 200.000 rublos (cerca de 1.900 euros), disse a procuradoria russa.

"Foi estabelecido que Senedjouk foi recrutada por um agente dos serviços especiais ucranianos" que trabalhou na administração local antes de partir para a Ucrânia em 2015, disse o Ministério Público.

Este homem manteve-se, no entanto, em contacto com Oksana Senedjouk, afirmou.

Em março de 2023, ela entregou, "sob as suas ordens", informações e fotografias que permitiam a localização de navios pertencentes à frota russa do Mar Negro, cujo porto de origem é Sebastopol, segundo o comunicado.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os processos por "traição", "terrorismo", "sabotagem" ou "espionagem", que implicam sempre penas pesadas, multiplicaram-se na Rússia.

Milhares de pessoas também foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição ao conflito na Ucrânia.

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