Quatro líderes europeus pedem à UE que acelere a transição digital

As chefes de Governo da Finlândia, Alemanha, Dinamarca e Estónia enviaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a pedir que a União Europeia (UE) acelere a transição digital, informou hoje o Executivo finlandês.

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Lusa
02/03/2021 12:06 ‧ 02/03/2021 por Lusa

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Europa

A carta, assinada pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelas primeiras-ministras da Finlândia (Sanna Marin), Dinamarca (Mette Frederiksen) e da Estónia (Kaja Kallas), afirmou que a digitalização é "vital para a recuperação da Europa" e para garantir a sua competitividade, prosperidade e bem-estar.

As quatro líderes destacam que os parceiros europeus uniram esforços nos últimos meses para promover o investimento e a cooperação em projetos digitais através do fundo de recuperação e reconstrução da comunidade.

Apesar disso, na opinião daquelas, as lacunas e a dependência europeia das questões digitais tornam-se cada vez mais evidentes, uma vez que uma parte significativa da inovação e do valor acrescentado das tecnologias digitais tem origem fora da Europa.

"É hora de a Europa se tornar digitalmente independente. Devemos promover todas as dimensões do mercado digital interno em termos de inovação bem-sucedida e fluxo livre de dados. Precisamos proteger com eficácia a concorrência e o acesso ao mercado em um mundo movido a dados", referiram as líderes na carta.

As líderes europeias também destacaram que as infraestruturas e tecnologias críticas devem ser seguras e à prova de crises.

"É hora de as nossas administrações digitalizarem para que possamos construir confiança e promover a inovação digital", disseram.

Neste sentido, apelam à UE para que se mantenha na vanguarda da digitalização, de acordo com as orientações acordadas no Conselho Europeu de outubro passado.

"Acreditamos que a Europa precisa fortalecer e complementar os seus esforços atuais de digitalização com uma política digital determinada e transparente, tendo a independência digital como a ideia norteadora", afirmam.

Para isso, sustentam, três coisas são necessárias: identificar tecnologias críticas e sistemas estratégicos; especificar as políticas referentes a essas áreas; e criar um sistema de monitoramento de digitalização com ampla base social, científica e económica.

Na opinião destas lideres, a independência digital significa contar com os próprios pontos fortes da Europa e reduzir as fragilidades estratégicas, mas sem excluir a cooperação com países terceiros e evitar uma abordagem protecionista.

"A digitalização é uma das maiores oportunidades e desafios para o futuro da Europa e deve oferecer ajuda às pessoas, às nossas sociedades e às nossas economias", argumentaram.

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