Os direitos humanos dos cidadãos da Coreia do Norte podem não estar a ser cumpridos, na sequência das medidas restritivas impostas por Kim Jong-Un.
A denúncia é feita por fonte das Nações Unidas que refere que a Coreia do Norte terá exagerado nas medidas de restrição pondo em causa os direitos humanos e as condições económicas de quem ali vive.
Recorde-se que Kim Jong-Un, no último ano, determinou o fecho das fronteiras, baniu a maioria dos voos internacionais e decretou medidas bastante restritivas no que a viagens diz respeito. Com tudo isto, alega que ainda nunca reportou nenhum caso da doença, pese embora faça fronteira com a China, país onde nasceu a Covid-19.
Esta nova denúncia surge depois de um grupo de diplomatas russos e as suas famílias terem tentado sair do país a pé e a empurrar as suas bagagens num vagão ferroviário. As oito pessoas viajaram de comboio e autocarro antes de terem de ir a pé, sobre as linhas de comboio, durante cerca de um quilómetro, a empurrar a bagagem num vagão até cruzarem a fronteira russa, num total de 32 horas de viagem.
"O maior isolamento da República Popular Democrática da Coreia com o mundo exterior durante a pandemia da Covid-19 parece exacerbar as violações enraizadas dos direitos humanos", afirmou, esta quarta-feira, Tomas Ojea Quintana, relator especial da ONU para os direitos humanos no país.
Este instou também as autoridades norte-coreanas a garantirem que as "consequências negativas das medidas de prevenção não se tornem desproporcionadamente maiores do que o impacto da própria pandemia".
Recorde-se que Pyongyang não reconhece o mandato do investigador da ONU e já rejeitou anteriormente as alegações de que é alvo, sobre crimes cometidos contra a humanidade.
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