Especialistas admitem que a Coreia do Norte esteja a produzir plutónio
A Coreia do Norte pode estar a tentar levar a cabo operações de extração de plutónio para a produção de armas nucleares indicam fotos captadas por satélite, poucas semanas depois de o líder Kim Jong Un ter-se referido à expansão do arsenal bélico.
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Mundo Coreia do Norte
O portal 38 North, especializado na investigação de assuntos relacionados com a Coreia do Norte, publicou hoje um estudo com base na observação de imagens e informações recolhidas por satélites e que alegadamente indicam que a central de carvão do complexo nuclear de Yongbyon está a operar após dois anos de inatividade.
As imagens mostram fumo a sair da central, várias vezes, desde o passado mês de fevereiro.
De acordo com o portal, o facto "sugere que os trabalhos podem fazer parte do processo de extração de plutónio necessário para o fabrico de armas nucleares".
No entanto, o mesmo texto salvaguarda que o "funcionamento do sistema pode estar em curso para tratamento de lixo radioativo".
No início da semana, o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, disse que alguns complexos nucleares da Coreia do Norte continuam a operar tendo nomeado os sistemas ligados aos laboratórios (rádio e químicos) de Yongbyon.
Os laboratórios são usados no processo de extração de plutónio e apoiados pela combustão de energia.
"As atividades nucleares da República Democrática Popular da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) são motivo de sérias preocupações. A continuação do programa nuclear é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", considerou Grossi num documento publicado no portal oficial da AIEA.
O plutónio é um dos dois componentes essenciais para a fabricação de armas nucleares, assim como o urânio enriquecido.
O complexo de Yongbyon, a norte da cidade de Pyongyang, está dotado de sistemas de produção dos dois componentes.
Em janeiro, o líder da Coreia do Nortepediu o alargamento do arsenal nuclear, nomeadamente para forçar os Estados Unidos a negociar o fim de sanções contra Pyongyang.
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