Moscovo nega acusações de campanha de desinformação sobre vacinas dos EUA

O Kremlin considerou hoje "absurdas" as acusações de Washington de que a Rússia está a desenvolver uma campanha 'online' de "desinformação" para denegrir as duas vacinas contra a covid-19 autorizadas nos Estados Unidos.

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Lusa
09/03/2021 14:09 ‧ 09/03/2021 por Lusa

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Um porta-voz da diplomacia dos EUA disse na segunda-feira que Washington "identificou quatro plataformas russas de Internet, operadas por serviços de informações russos, que estão a espalhar desinformação" sobre aquelas duas vacinas.

"Não entendemos tais afirmações e queremos explicar com paciência e constância que se trata de um total absurdo", respondeu hoje o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.

"Sempre fomos contra a ideia de politizar qualquer questão relacionada com as vacinas", acrescentou Peskov, garantindo que a Rússia nunca organizou campanhas de desinformação nessa área.

"A Rússia, pelo contrário, está a trabalhar com outras empresas produtoras de vacinas para encontrar as soluções mais eficazes", concluiu Peskov.

Segundo o jornal norte-americano Wall Street Journal, esta alegada campanha tem como alvo, em particular, a vacina da Pfizer/BioNTech, apesar de as autoridades de saúde norte-americanas também terem dado luz verde à vacina da Moderna e, mais recentemente, à da Johnson & Johnson.

A Rússia está a produzir a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo laboratório Gamaleia, que já foi aprovada em 46 países e cuja revisão pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) começou na semana passada.

Nos últimos anos, os Estados Unidos acusaram repetidamente a Rússia de realizar campanhas de desinformação 'online', bem como de interferência eleitoral e ataques cibernéticos massivos, apesar dos sucessivos desmentidos de Moscovo.

Yevgeny Prigojine, amigo próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, foi alvo de sanções por Washington, que suspeita que o empresário tenha desempenhado um papel relevante na alegada interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.

Leia Também: AO MINUTO: Sem teletrabalho crise era maior; Rússia exige desculpas à EMA

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