"Desde Outubro de 2017, o ISIS-Moçambique, liderado por Abu Yasir Hassan, terá matado cerca de 1.200 civis", refere nota do Departamento de Estado enviada à Lusa.
"Estima-se que mais de 2.300 civis, membros das forças de segurança e suspeitos militantes do ISIS-Moçambique foram mortos desde que o grupo terrorista iniciou a sua violenta insurgência extremista", adianta.
Alvo da mesma designação como organização terrorista estrangeira foram o ISIS-República Democrática do Congo (ISIS-RDC), e o seu líder, Seka Musa Baluku.
Os dois braços africanos do Estado Islâmico foram ainda incluídos na classificação de terroristas globais especialmente designados, implicando que todas as propriedades e interesses em propriedades suas sujeitas à jurisdição norte-americana "são bloqueadas".
Adicionalmente, cidadãos norte-americanos ficam proibidos de se envolver em quaisquer transações com os designados e instituições financeiras estrangeiras que façam transações em nome dos grupos ou indivíduos "podem estar sujeitas a sanções à respectiva conta nos Estados Unidos ou sanções a ordens de pagamento", adianta a nota.
"É crime fornecer conscientemente apoio material ou recursos ao ISIS-RDC ou ISIS-Moçambique, ou tentar ou conspirar fazê-lo", sublinha.
O Estado Islâmico do Iraque e Síria (ISIS) anunciou o lançamento do Estado Islâmico da Província da África Central (EIPAC) em Abril de 2019 para promover a presença de elementos associados ao ISIS na África Central, Oriental e Meridional.
Segundo o Departamento de Estado, o ISIS-RDC e ISIS-Moçambique "são grupos distintos com origens distintas", embora meios associados ao ISIS retratem o EIPAC como uma estrutura unificada.
O ISIS-Moçambique, localmente conhecido como al-Shabaab, alegadamente jurou fidelidade ao ISIS já em Abril de 2018, e foi reconhecido pela organização como afiliada em Agosto de 2019.
"O grupo foi responsável por orquestrar uma série de ataques sofisticados e de grande escala que resultaram na captura do porto estratégico de Mocímboa da Praia, Província de Cabo Delgado. Os ataques do ISIS-Moçambique também contribuíram para o deslocamento de mais de 670.000 pessoas no norte de Moçambique", adianta o Departamento de Estado.