O escândalo de assédio sexual que envolve o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, escalou esta quarta-feira com novas alegações de que este terá colocado a mão debaixo da blusa de uma das suas assistentes e a apalpou enquanto estavam sozinhos numa sala dentro da Mansão Executiva, em Albany.
O incidente terá acontecido quando a mulher foi chamada para ajudar Cuomo a resolver um problema com o seu telemóvel. Esta ter-lhe-á pedido para parar, reporta o Albany Times Union.
Esta é, até agora, a acusação mais grave feita contra o governador de Nova Iorque, que foi acusado, no total, por cinco mulheres - quatro das quais suas ex-assistentes - de comportamentos inadequados e assédio sexual
Esta última denúncia será referente a um caso que aconteceu no final do ano passado, depois de Cuomo ter chamado a mulher e fechado a porta da sala no segundo andar da residência oficial. A mulher refere que este tipo de comportamentos era frequente por parte do homem de 64 anos.
O Albany Times indica que a denúncia foi feita por uma testemunha próxima da alegada vítima, a quem esta terá partilhado os pormenores do sucedido. A identidade da vítima permanece anónima.
A mulher terá denunciado a situação depois de ter ouvido uma conferência de imprensa de Cuomo, no dia 3 de março, em que este garantiu que nunca "tinha tocado em ninguém de forma inapropriada".
"Digo claramente que nunca toquei em alguém inapropriadamente, nunca fiz propostas (sexuais) a alguém e nunca quis fazer quem quer que fosse sentir-se desconfortável, mas os nova-iorquinos merecem respostas a estas alegações", afirmou o governador, que ocupa o cargo há 10 anos. Admitiu, contudo, que as suas "interações possam ter sido insensíveis ou demasiado pessoais e que alguns dos meus comentários, dada a minha posição, fizeram outros sentir-se de uma forma que nunca pretendi que se sentissem".
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