A representação diplomática foi aberta com uma breve cerimónia durante a qual a bandeira do Kosovo foi içada diante do edifício da embaixada e uma placa identificativa com as palavras "República do Kosovo", em albanês, hebraico e inglês, fixada na entrada, precisou o Ministério num comunicado.
Em troca do reconhecimento da sua independência por Israel, o Kosovo tornou-se o primeiro país de maioria muçulmana a reconhecer Jerusalém como a capital do Estado hebreu.
A decisão de Pristina provocou críticas, não apenas de países de maioria muçulmana, como a Turquia, que denunciou uma violação das resoluções da ONU e do direito internacional, mas também da União Europeia (UE).
A questão de Jerusalém e do seu estatuto continua a ser um dos pontos mais sensíveis do conflito israelo-palestiniano.
A Autoridade Palestiniana quer que Jerusalém Oriental, ocupada por Israel na guerra dos Seis Dias em 1967 e depois anexada, seja a capital de um futuro Estado palestiniano.
Num quadro de reconhecimento mútuo, Israel reconheceu oficialmente o Kosovo, antiga província sérvia que proclamou em 2008 a sua independência, como um Estado independente, juntando-se assim à maioria dos países ocidentais e abandonando o grupo que inclui a Sérvia, a China e a Rússia.
O Kosovo e Israel estabeleceram relações diplomáticas em fevereiro.
Com mais de duas décadas, insolúvel desde a última das guerras que destruíram a ex-Jugoslávia (1998-99), o conflito entre a Sérvia e o Kosovo continua a ser uma ameaça para a estabilidade da Europa.
Os acordos de normalização concluídos em 2013 sob os auspícios da UE são, na sua maioria, ignorados.
A guerra do Kosovo causou mais de 13.000 mortos, na maioria albaneses. Terminou quando uma campanha de bombardeamentos ocidentais obrigou as forças sérvias a retiraram-se do território.
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