O memorando foi assinado entre o Colégio de Ciências Polares e de Ambientes Extremos da Universidade de Lisboa (UL) e duas instituições canadianas - o Centro de Estudos Nórdicos e o Instituto Nórdico do Quebeque.
O investigador do Instituto Superior Técnico da UL João Canário, que faz parte do comité científico do Colégio de Ciências Polares, disse à Lusa que o memorando renova a cooperação luso-canadiana na investigação científica sobre o Ártico prevista desde 2014 e que inclui "transferência de conhecimentos" e intercâmbio de alunos de mestrado e doutoramento a fazerem investigação sobre a região polar.
Um outro memorando foi também hoje assinado para cimentar a parceria entre o projeto internacional no Ártico T-MOSAiC, liderado por João Canário, e a rede ArcticNet, que agrega universidades e centros científicos do Canadá para estudar os impactos das alterações climáticas na região Norte do país.
O projeto T-MOSAiC (Observatórios Terrestres Multidisciplinares para o Estudo dos Efeitos do Clima Ártico) tem-se concentrado em compreender como o ambiente terrestre do Norte é afetado pela mudança do gelo marinho e pelas condições climáticas do oceano.
Os dois memorandos foram assinados à margem da conferência internacional Arctic Science Summit Week 2021, que decorre até sexta-feira em formato digital a partir de Lisboa, juntando cientistas que fazem investigação sobre o Ártico.
Numa nota de agenda, o Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior adianta que ambos os memorandos "visam aprofundar o estudo do Ártico e as alterações climáticas a ele associadas de modo a desenvolver a modernização daquela região e encontrar estratégias de adaptação e ações políticas para fazer face aos impactos das mudanças climáticas nas populações".