Segundo a agência EFE, o Reino Unido está a trabalhar num plano para que possa começar a oferecer a dose de reforço em setembro, caso as novas variantes do SARS-CoV-2 se tenham espalhado.
Em entrevista publicada hoje no jornal "The Telegraph", o secretário da Estado para vacinação, Nadhim Zahawi, explicou que os maiores de 70 anos e os profissionais de saúde que estão na linha da frente terão prioridade para essa inoculação adicional.
"A data mais provável é setembro", disse Zahawi, responsável por supervisionar um programa de vacinação que já administrou, pelo menos, uma primeira dose da vacina a mais de 29 milhões de pessoas.
No Reino Unido têm sido usadas até agora as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, mas o secretário de Estado diz que espera ter até oito produtos aprovados para o outono.
O Governo britânico tem mantido contactos com essas duas farmacêuticas, além da Moderna, cuja vacina deve estar disponível no próximo mês, sobre a distribuição de uma terceira dose de reforço.
"Independentemente do comportamento do vírus, estaremos preparados", assegurou Zahawi.
Inglaterra começará na segunda-feira uma lenta desaceleração das restrições que o Governo decretou no início de janeiro para conter uma onda de infeções, cujo pico máximo provocou mais de 1.800 mortes diárias.
Nos últimos sete dias, a média de mortes por coronavírus foi de 70 e o número de doentes internados caiu para menos de cinco mil, longe dos quase 40 mil que se registaram em janeiro.
A partir desta semana, serão permitidas reuniões sociais ao ar livre até seis pessoas, pertencentes a duas casas, e as instalações desportivas ao ar livre serão reabertas.
No entanto, o comércio não essencial permanecerá encerrado, abrindo no dia 12 de abril, data em que bares e restaurantes poderão servir em esplanadas.
As viagens nacionais ou internacionais por motivos de lazer continuam proibidas.
O Governo adiantou que permitirá que as lojas abram até às dez da noite, altura em que poderão retomar as suas atividades, três horas a mais do que a hora de fecho antes da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.756.395 mortos no mundo, resultantes de mais de 125,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Leia Também: AO MINUTO: Vacinação de professores arranca; Quase cem festas ilegais